Todo Número elevado a 0 resulta em 1. Será? ...e Por quê?




Por que todo número elevado a zero é um?

Para começar, sabemos que a potenciação é um caso específico da multiplicação, no qual todos os fatores são iguais. Por exemplo:



  • 2 X 2 X 2 X 2 X 2




  • 3 X 3 X 3 X 3 X 3





  • Nessa condição, escrevemos o valor do fator e na sua parte superior, à direita, um outro número que indica justamente quantas vezes o estamos multiplicando.

    Esse número que é colocado na parte superior do fator é conhecido como expoente. Essa forma facilita bastante a escrita:


  • 2 X 2 X 2 X 2 = 24




  • 3 X 3 X 3 X 3 X 3 = 35

    As propriedades surgem espontaneamente a partir das operações da multiplicação e da divisão com potências.

    Para calcular (25) X (24), basta manter a base e somar os expoentes.

    Pode-se verificar isso pela própria definição da potenciação:

    Em (2 X 2 X 2 X 2 X 2) X (2 X 2 X 2 X 2) multiplica-se o fator 2 nove vezes (29) e 4 + 5 = 9. Resumindo: (2< sup="">) X (2< sup="">) = 2 5 + 4 = (29).

    Na situação inversa - de dividirmos em vez de multiplicarmos - temos ():() que no caso é igual a que por sua vez é , isso equivale a subtrair os expoentes.

    Dessa forma, no caso da divisão, se tivermos bases iguais, manteremos a base subtraindo o expoente do dividendo ou numerador pelo expoente do divisor ou denominador.

    Para o nosso exemplo teremos ():() =

    É a partir dessa última propriedade que se produz a conseqüência de que todo número elevado a zero é igual a 1.

    Em divisão com potências, em que as bases são iguais, teremos a divisão de dois números iguais e um número dividido por ele mesmo resulta sempre na unidade.

    Um exemplo: se tivermos observamos que o dividendo é igual ao divisor e portanto a operação terá 1 como resultado.

    Pela propriedade e assim concluímos que

    Poderemos experimentar bases com todos os tipos de números - com a cautela de excluirmos o zero. Pelo fato de a regra ter se originado da divisão, e não esquecendo que um número nunca pode ser dividido por zero, a regra ficará mais precisa com o enunciado que todo o número diferente de zero elevado a zero terá como resultado o valor um




  • Excessão à regra:

    A expressão matemática 0º é muitas vezes considerada como uma forma indeterminada em Matemática. Outras vezes esta expressão é considerada, por convenção, como sendo igual a 1. Por exemplo, ela aparece quando se calcula o limite:

    Lim f(x)g(x)

    quando x tende a 0 e Lim f(x)=Lim g(x)=0.

    Uma forma indeterminada é o valor numérico que pode ser atribuído ao limite de uma função h=h(x) quando se substitui a variável x pelo valor numérico onde o mesmo será calculado, sem haver um trabalho mais aprimorado com a expressão envolvida com a função h=h(x).

    As principais formas indeterminadas são:

    0/0,  0.inf,  inf/inf,  1inf,  inf-inf   e  0º

    onde inf significa "infinito".

    Várias destas formas indeterminadas podem ser estudadas com o auxílio da Regra de L'Hôpital.


    A função real f(x)=xx possui uma descontinuidade em x=0, razão pela qual não é óbvio que se tenha que

    f(0) = Lim f(x) = Lim xx

    quando x tende a 0.

    Pode ser que, até mesmo este limite:

    1. seja determinado e igual a 1 (uma escolha natural),
    2. seja indeterminado, ou
    3. nem mesmo exista.

    Quando estamos calculando

    Lim f(x)g(x)

    com x tendendo a 0 e lim f(x)=Lim g(x)=0, devemos fazer algumas exigências sobre as funções f e g.

    Como a Regra de L'Hôpital tem íntima relação com o fato de uma f função ter desenvolvimento em série de potências (f ser analítica) em torno do ponto onde se calcula o limite, fica claro que quando esta propriedade é satisfeita nas vizinhanças deste ponto, então quase sempre é possível garantir que 0º=1.

    Sem esta propriedade sobre o fato que a função deve ser analítica, nada podemos afirmar.

    O fato citado acima pode ser observado se tomarmos a função definida por f(x)=exp(-1/x) se x>0 e f(x)=0 se x<0. (que não tem desenvolvimento em série de potências em torno de x=0) e g(x)=x.

    Lim f(x)=0 e Lim g(x)=0 quando x tende a 0, mas:

    Lim f(x)g(x) = Lim [exp(-1/x)]x = 1/e = 0,3679...

    que obviamente não é igual a 1.

    Substituindo o número e de Euler por 2, obteremos um resultado diferente, significando que poderemos obter o limite que desejarmos, assim, este limite é indeterminado.

    Concluímos que, se x tende a 0 e Lim f(x)=0=Lim g(x), o limite

    Lim f(x)g(x) é indeterminado

    e nem mesmo podemos afirmar que 0º possa ser 1.


     

    A expressão matemática 0º é muitas vezes considerada como uma forma indeterminada em Matemática. Outras vezes esta expressão é considerada, por convenção, como sendo igual a 1. Por exemplo, ela aparece quando se calcula o limite:
    Lim f(x)g(x)
    quando x tende a 0 e Lim f(x)=Lim g(x)=0.
    Uma forma indeterminada é o valor numérico que pode ser atribuído ao limite de uma função h=h(x) quando se substitui a variável x pelo valor numérico onde o mesmo será calculado, sem haver um trabalho mais aprimorado com a expressão envolvida com a função h=h(x).
    As principais formas indeterminadas são:
    0/0,  0.inf,  inf/inf,  1inf,  inf-inf   e  0º
    onde inf significa "infinito".
    Várias destas formas indeterminadas podem ser estudadas com o auxílio da Regra de L'Hôpital.
    A função real f(x)=xx possui uma descontinuidade em x=0, razão pela qual não é óbvio que se tenha que
    f(0) = Lim f(x) = Lim xx
    quando x tende a 0.
    Pode ser que, até mesmo este limite:
    1. seja determinado e igual a 1 (uma escolha natural),
    2. seja indeterminado, ou
    3. nem mesmo exista.
    Quando estamos calculando
    Lim f(x)g(x)
    com x tendendo a 0 e lim f(x)=Lim g(x)=0, devemos fazer algumas exigências sobre as funções f e g.
    Como a Regra de L'Hôpital tem íntima relação com o fato de uma f função ter desenvolvimento em série de potências (f ser analítica) em torno do ponto onde se calcula o limite, fica claro que quando esta propriedade é satisfeita nas vizinhanças deste ponto, então quase sempre é possível garantir que 0º=1.
    Sem esta propriedade sobre o fato que a função deve ser analítica, nada podemos afirmar.
    O fato citado acima pode ser observado se tomarmos a função definida por f(x)=exp(-1/x) se x>0 e f(x)=0 se x<0. (que não tem desenvolvimento em série de potências em torno de x=0) e g(x)=x.
    Lim f(x)=0 e Lim g(x)=0 quando x tende a 0, mas:
    Lim f(x)g(x) = Lim [exp(-1/x)]x = 1/e = 0,3679...
    que obviamente não é igual a 1.
    Substituindo o número e de Euler por 2, obteremos um resultado diferente, significando que poderemos obter o limite que desejarmos, assim, este limite é indeterminado.
    Concluímos que, se x tende a 0 e Lim f(x)=0=Lim g(x), o limite
    Lim f(x)g(x) é indeterminado
    e nem mesmo podemos afirmar que 0º possa ser 1.

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